Glee gone wild

Uma coisinha que talvez muita gente não saiba é que eu amo cantar. No carro, no chuveiro, na praia, dando palhinha nos cantos...Me chamou, eu vou arroz de festa feelings E eu acho que o que me fez ter esse lado popstar (tô brincaaando, gente), o que me fez gostar de sair por aí cantando (fora as músicas lindas que papai cantarolava pra mim quando eu era pequena) foram os musicais. Nos filmes, no teatro, músicais sempre me encantaram. O "Mágico de Oz", "Hi, Lily", "Wicked", "O fantásma da ópera", "Os miseráveis", "Chicago", "Footloose", "Moulin Rouge", "Grease", "Dirty Dancing", "Fame", "Flashdance", meu preferido "Rent"...A estética dos musicais é diferente, encanta...

Enfim, os músicais são feitos para encantar, alegrar, comover, e isso acontece em montagens antigas, lúdicas, que retratam uma realidade contemporânea, ou que mostram o glamour de épocas passadas. Mas bem, chegamos aos anos 2000, mais especificamente lá por 2006, quando surgiu a febre "High School Musical", uma produção voltada para pré-adolescentes e crianças, com péssimos cantores, e músicas irritantes, mas quem sou eu para discutir com o público infantil e pré-adolescente, certo?! Então, para mim, os musicais, que tanto me encantaram desde sempre, estavam arruinados, fadados a se resumir a dancinhas fracas, afetação e roteiros pobres...

Eis que me surge Glee! Sim, se passa no cenário clichê "high school americana", tem personagens estereotipados, clichês tirados dos filmes adolescentes...Mas mesmo assim, a série, pode ser considerada uma das grandes sacadas de mestre da televisão extremamente pop e comercial (comercial até demais) atual. Porque sim, juntar grandes músicas pop das mais diversas décadas, dando uma roupagem nova a elas, cantadas por jovens que sim, sabem cantar, e ainda com um roteiro que por mais cheio de clichês que seja, emociona, diverte, surpreende - e não é só um projeto a lá hannah montana - com certeza é uma jogada de mestre.

E pra mostrar que a série não é "oh, sou puritana", e não tem medo de abordar assuntos polêmicos na sociedade como o sexo, meu amado fotágrafo sem vergonha, Terry Richards, vêm com sua câmera e faz imagens dos protagonistas da série, todas cheias de uma inpiração clichê vinda dos corredores da High School, mas com aquele quê escrachado e sexual que o mundo da moda e do entretenimento tanto gosta de visitar de vez em quando (ultimamente, de vez em sempre). Para a revista GQ.

Ai, ai Terry, gosto tanto de você...

Gros Bisous

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